Sim, eu ja tentei me suicidar.
Mas infelizmente não tive susseso, em nenhuma das 2 veses. Acho que eu era muito novo e inesperiente para ter forças o sufiente para conseguir. Atualmente oque não me falta é motivos para me suicidar, mas não farei porque sou curioso. Curioso o bastante pra querer saber como vai terminar minha vida. E ver se todos os meus problemas vão chegar à uma solução.
Eu devia ter entre doze ou treze anos. Era um dia comum, solitário, eu fui à escola, vii meus "amigos" e tive um dia normal....
- Descrição de um dia normal pra mim, naquela época:
Eu ia para escola, comprimentava os conhecidos, tentava estudar, e voltava.-
...Um dia seco, frio e comum, mas algo à mais me perturbava esse dia. Eu estava mais solitário, me sentia invisivel e avulso na multidão. Havia tantos sorrisos à minha volta, mas oque eu estava fazendo lá parado ? Parado, ou andando na multidão, tudo era tão pouco, e nada me fazia feliz por dentro. Tudo era no máximo, apenas um sorriso em minha face. Um sorriso, mas nenhuma alegria ou felicidade.
Esse era um daqueles dias em que você tem milhares de problemas, e só tem uma solução. Um amigo, acho que era tudo oque eu precisava. Um amigo e um abraço. Eu não tive isso, não tinha essa sorte, talvez por culpa minha, não sei. Mas todos que diziam meus "amigos" não esteve do meu lado nesse momento.
Porque ?
É uma dúvida que ainda me corroe, é algo ruim que se mantém em minhas cicatrizes.
Após chegar em casa. Meus pais estavam no trabalho, e eu fiquei sozinho.
Eu não podia, eu nao ia aguentar, eu nao ia conseguir. Não mais uma vez, sozinho denovo não.
Tudo ao meu redor parecia se mover em minha direção, como uma caixa se fechando, e eu ficava sem ar.
Eu me culpava por tudo em minha vida, e não tinha ninguém pra negar. Não tinha ninguém pra me apoiar.
Eu ficava sentado, parado, pensando e me culpando. Não tinha oque fazer em minha casa.
-Minha casa: É grande, grande mas vazia.-
Eu não tinha razões pra viver, para ser feliz. Tudo oque eu tinha era eu, mas eu era ninguém.
Eu percebia que não era nada, e tudo oque eu pensava é que isso não ia ter solução. A unica solução era achar um refúgio, um lugar para fugir. Se há um céu, talvez eu deve-se ir para lá.
Foi aonde eu tentei chegar. Embora fraco, magro e covarde, aos meus doze-treze anos eu tentei cortar meus pulsos. A faca parecia tão pesada, tudo tão pequeno, e eu fraco, tão fraco. Ainda me pergunto porque eu não tive sucesso. a dor era imensa, dor física e emocional, tudo era dor aquela hora. Eu nem senti a perfuração. Só lembro de um pouco de sangue. Era ingênuo demais para saber cortar algo. eu cordei meus pulsos na vertical, e por isso não conseguir chegar lá. Infelizmente.
No chão era tudo uma mistura de sangue e lágrimas. Em mim era tudo dor e fraquesa.
Ainda penso em fazer isso da maneira correta, mas ainda penso que sou fraco e covarde demais.
Não, eu não tenho medo da morte, e se for pra morrer, que seja, a única diferença é que não vou mais poder escrever aqui...